Resumo: Povo hebreu




 

Os Hebreus

Antes de começar, vamos relembrar!

Lembra quando falamos de fonte histórica? Documento histórico?


Então, o que seria uma fonte histórica?

Ah, professora — você deve estar me dizendo — fonte histórica é todo vestígio, material ou imaterial, deixado pelo ser humano ao longo do tempo, que serve para estudar a história da humanidade.

Muito bem! Tudo que o ser humano toca, tudo que ele produz durante sua passagem pela Terra, pode ser considerado um documento ou uma fonte histórica.

E aí, eu te pergunto: a Bíblia é uma fonte histórica?

Pelo que você já aprendeu, a resposta certa é: sim, a Bíblia é uma fonte histórica.

Mas atenção! Nas aulas de História, vamos tratar a Bíblia como fonte histórica, ou seja, com o mesmo cuidado que usamos ao analisar qualquer outro documento antigo.

Nem tudo que está escrito lá será considerado um acontecimento histórico comprovado, pois algumas informações ainda não têm confirmação científica.

Devemos sempre lembrar de respeitar as crenças religiosas de todos. Aqui, na aula de História, não vamos tratar da parte espiritual das religiões, mas sim da relação delas com os acontecimentos e ações humanas.

_Ufa, abri um parêntese longo? Que nada! Você vai ver como a Bíblia ajuda a contar a história dos hebreus! -


Origem

Acredita-se que os hebreus eram comunidades formadas por agricultores e pastores seminômades, que surgiram na cidade de Ur, na região da Mesopotâmia, há cerca de 4 mil anos.

Por volta de 1800 a.C., liderados por Abraão, patriarca dessas comunidades, eles migraram para Canaã, uma região entre o Mar Mediterrâneo e o deserto da Síria.

Mapa do Reino de Israel e Reino de Judá. Fonte: https://goo.gl/4p1U5X 


Se você está se questionando o que seria um patriarca, eu posso explicar.

Para os hebreus, o patriarca era o chefe da tribo — geralmente um homem mais velho, respeitado e com autoridade entre os membros da comunidade.

Entre 1800 e 1250 a.C., as tribos hebraicas foram governadas por esses patriarcas. Por isso, esse período ficou conhecido como Período dos Patriarcas ou patriarcado.


Do Egito ao Êxodo

Por razões ainda não totalmente esclarecidas pelos historiadores, os hebreus deixaram Canaã e migraram para o Egito.

Uma das hipóteses é que mudanças climáticas (como secas ou fome) tenham dificultado a vida na região, forçando-os a buscar terras mais férteis — no caso, o Egito.

Na época (cerca de 1700 a.C.), o Egito estava sob o domínio dos hicsos, um povo de origem semita, como os próprios hebreus.

Isso ajudou os hebreus a viverem ali com certa tranquilidade por um tempo.

Estão lembrados dos semitas, não é? Povos que provêm de um mesmo ramo linguístico, étnico e cultural, entre eles os fenícios, hicsos e também os hebreus, bem como outras sociedades.

Mas essa paz acabou quando, por volta de 1580 a.C., os egípcios expulsaram os hicsos e retomaram o poder.

Com isso, os hebreus passaram a ser escravizados.


O Êxodo: a fuga do Egito

Por volta do século XIII a.C. (mais ou menos entre 1250 e 1200 a.C.), Moisés teria liderado o povo hebreu na fuga do Egito — episódio que ficou conhecido como o Êxodo.



Os historiadores não sabem ao certo como se deu o retorno dos hebreus para Canaã, ou mesmo se o Êxodo realmente ocorreu.

E você, agora, deve estar se perguntando:
“E então, professora, esses historiadores sabem de alguma coisa?”

Sim, sabemos que o retorno durou anos e que, quando eles chegaram à região, o território que haviam deixado já estava ocupado por outros povos, como os cananeus e os filisteus.

Dá para imaginar — ou, melhor dizendo, dá para inferir (deduzir, concluir) — que o retorno não foi nada tranquilo e que houve muitos conflitos.


O Período dos Juízes

Nesse período, os hebreus estavam divididos em 12 tribos, cada uma liderada por um juiz.

Esses juízes não eram como os de hoje. Eles tinham poder político e militar, guiando o povo tanto em tempos de paz quanto em tempos de guerra.

O período em que os hebreus foram governados por juízes ficou conhecido como o Período dos Juízes (sim, o nome não é super criativo, mas é fácil de lembrar, né?).


A Monarquia Hebraica

Por volta de 1030 a.C., diante das ameaças dos povos vizinhos, as tribos hebraicas se unificaram e formaram o Reino de Israel. Assim começou o período da Monarquia.

Os três reis mais importantes foram:

  • Saul – o primeiro rei de Israel (1030 a.C.).

  • Davi – sucedeu Saul em 1010 a.C. e conquistou Jerusalém, que se tornou a capital do reino.

  • Salomão – filho de Davi, governou a partir de 965 a.C. e foi responsável por um período de grande prosperidade. Entre suas principais realizações estão:

    • Desenvolver o comércio com povos árabes e africanos.

    • Organizar o sistema de irrigação.

    • Construir o famoso Templo de Salomão, em Jerusalém.


Divisão e Diáspora

Quando o rei Salomão morreu, por volta de 932 a.C., o reino começou a enfraquecer. O povo estava cansado de pagar impostos altos e da corrupção.

O reino acabou se dividindo em dois:

  • Reino de Israel (ao norte)

  • Reino de Judá (ao sul)

Depois disso, os hebreus sofreram várias invasões e dominações por parte de outros impérios, como os assírios, babilônios, persas, gregos e romanos.

No século I d.C., após uma grande revolta contra o domínio romano, os hebreus foram expulsos de sua terra. Esse episódio é conhecido como a Diáspora Judaica — palavra que significa a dispersão do povo hebreu para fora de sua terra.


A Bíblia e o Monoteísmo na História dos Hebreus

Agora, você deve estar se perguntando: onde a Bíblia e a primeira religião monoteísta entram nessa história toda?

A religião hebraica era diferente das demais da época porque acreditava em um único Deus — ou seja, era monoteísta.

Essa foi uma das primeiras religiões monoteístas conhecidas da história, e serviu de base para o judaísmo, que mais tarde influenciou outras grandes religiões, como o cristianismo e o islamismo.

A Bíblia, especialmente o Antigo Testamento, é a principal fonte de informação sobre a cultura, religião e trajetória do povo hebreu — lembrando sempre que a usamos como documento histórico aqui na nossa aula.

Grande Pergaminho de Isaías (detalhe), manuscrito sobre pergaminho, século II a.C. Esse é um dos mais bem conservados Manuscritos do mar Morto.


Bibliografia

QUEROBOLSA. Povos Hebreus: origem, história e resumo. Manual do Enem. [S. l.], 22 nov. 2024. Disponível em: https://querobolsa.com.br/enem/historia-geral/os-hebreus. Acesso em: 30 ago. 2025.

HISTÓRIA DO MUNDO. Hebreus: origem, fases históricas, diáspora. Por Daniel Neves Silva. [S. l.], [s.d.]. Disponível em: https://www.historiadomundo.com.br/hebreus. Acesso em: 30 ago. 2025.

CURSO ENEM GRATUITO. Os Hebreus: veja a origem, religião e diáspora. Por Ana Carolina Prieto. [S. l.], 12 fev. 2019. Disponível em: https://cursoenemgratuito.com.br/hebreus/. Acesso em: 30 ago. 2025.

GUIA DA CARREIRA. Hebreus: história, cultura e religião. Por Camilla Freitas. [S. l.], 13 nov. 2023. Disponível em: https://www.guiadacarreira.com.br/blog/hebreus. Acesso em: 30 ago. 2025.

STUDHISTÓRIA. Semita e semitismo. StudHistória. Disponível em: https://studhistoria.com.br/qq‑isso/semita/. Acesso em: 30 ago. 2025.

DIAS, Adriana Machado; GRINBERG, Keila; PELLEGRINI, Marco César. Jovem Sapiens História: 6º ano. 1. ed. São Paulo: Scipione, 2022.

DIAS, Adriana Machado; PELLEGRINI, Marco César. Do seu jeito [livro eletrônico]: História: área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas: volume único: Ensino médio. 1. ed. São Paulo: Ática, 2024. Disponível em: HTML. Acesso em: 30 ago. 2025.

MINORELLI, Caroline; CHIBA, Charles. SuperAÇÃO! História: 6º ano. 1. ed. São Paulo: Moderna, 2022. 



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