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Mansa Musa - O Rei de Mali e sua Influência

Kanku Musa: O senhor das Minas

5 fatos sobre Mansa Muça








Ifé- Arte Africana com Domínio da Tecnologia

Em 1938, foram descobertas treze cabeças de latão no palácio real em Ifé, atual Nigéria. Essa descoberta provocou uma revisão na História da Arte, explicada pelo professor de arte nigeriano Babatunde Lawal:

“Dar-se conta de que seus antepassados não eram tão atrasados como se costuma retratar foi uma dupla fonte de alegria para [muitos nigerianos]. A descoberta despertou neles um novo tipo de nacionalismo, e eles começaram a andar com confiança, orgulhosos de seu passado.”

LAWAL, Babatunde Lauál, Babatúnde . citado por : meecgrigor nil . A história do mundo em 100 objetos. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013. 457.









A Influência de Línguas Africanas no Português Falado no Brasil




Línguas africanas e o português do Brasil

[Locutor]

Você já reparou que a língua que falamos no Brasil é diferente do português falado, por exemplo, em Portugal? O que será que a nossa história tem a ver com isso? Uma das particularidades históricas do lugar que hoje chamamos Brasil é a intensa miscigenação que ocorreu por aqui ao longo de mais de cinco séculos. Essa mistura contribuiu para modificar e enriquecer toda nossa cultura e em particular a nossa língua. Vamos observar a influência das línguas africanas nesse processo.

[Locutor]

[entra trilha sonora]

Estima-se que cerca de 4,8 milhões de africanos tenham sido trazidos para o Brasil entre os séculos XVI e XIX para trabalhar principalmente nas lavouras e na mineração. A origem desses africanos era muito variada, mas a maioria pertencia à família linguística nigero-congolesa. Do grande grupo linguístico nigero-congolês vieram para o Brasil principalmente os falantes dos idiomas quimbundo, quicongo, iorubá (ou nagô), ewe e fon (também chamados de jeje). No Brasil, o intenso contato entre os indivíduos escravizados trazidos da África e os falantes do português e da língua geral - originada do cruzamento entre línguas indígenas e europeias - acabou provocando que chamamos interação linguística. Uma consequência disso foi que nossos modos de falar a língua mudaram e novas palavras foram incorporadas a ela. São de origem africana palavras como caçula, dengo, cafuné, samba e bagunça. Outros exemplos são os verbos cochilar, fungar, xingar e zangar. A palavra nhoka, também originária da África aqui virou minhoca. E kalumba se transformou em calombo. A maneira como falamos no nosso dia a dia também mudou em virtude da influência africana. Por exemplo: os ditongos ei e ou passaram a ser pronunciados como “ê” e “ô” em algumas regiões do país. Assim é comum ouvirmos as pessoas dizerem “bêjo” em vez de beijo, “mantêga” no lugar de manteiga e “lôco” como equivalente de louco.

O regime de escravidão que vigorou no Brasil impedia que a grande maioria dos negros dominasse a forma escrita da língua. Esse pode ter sido um dos motivos pelos quais a influência dos idiomas africanos ficou mais restrita ao campo da oralidade. Mas a rejeição a muitas dessas influências na norma culta do nosso português também pode ser em parte explicada pelo lugar que os negros foram obrigados a ocupar na sociedade brasileira e pelos preconceitos contra o que era associado à sua cultura. É importante reconhecer e valorizar este aspecto tão significativo da herança cultural africana fundamental para a formação da rica e diversa cultura brasileira. A língua que falamos também é resultado de processos sociais que aconteceram no passado. Ao mesmo tempo, ela oferece indícios para que possamos conhecer melhor a nossa história.

Audio






Reino de Axum

 





Localização

  • Onde: O Reino de Axum estava localizado no que hoje é o norte da Etiópia e o sul da Eritreia, na região da Bacia do Nilo e ao longo da costa do Mar Vermelho.
  • Importância do Local: A localização estratégica ao longo das rotas comerciais importantes ajudou Axum a se tornar um centro de comércio e influência na África Oriental.

Período

  • Quando: O Reino de Axum floresceu aproximadamente entre 100 d.C. e 600 d.C.
  • Períodos Principais: Inclui a ascensão e o apogeu do reino, com destaque para a Dinastia de Axum, que consolidou o poder e expandiu a influência do reino.

Política

  • Governantes: O reino era governado por reis poderosos, que centralizavam o poder e supervisionavam tanto a administração quanto o comércio.
  • Administração: Axum era uma monarquia centralizada, com o rei exercendo controle direto sobre as principais cidades e regiões do reino.

Economia

  • Agricultura: A economia baseava-se na agricultura, com cultivo de grãos, legumes e criação de gado.
  • Comércio: Axum era um importante centro comercial, trocando bens como ouro, marfim, especiarias e tecidos com outras regiões da África, Arábia e Império Romano. O comércio com o Oriente Médio e a Índia também era significativo.
  • Moeda: O reino usava uma moeda própria, conhecida como moeda axumita, o que facilitava o comércio e a economia interna.

Cultura

  • Arquitetura: Conhecido por suas estelas (monumentos de pedra) e igrejas escavadas na rocha, como as famosas igrejas de Lalibela, que são Patrimônios Mundiais da UNESCO.
  • Escrita: Utilizavam o alfabeto ge'ez, que ainda é usado na Etiópia para escrever em línguas como o amárico e o tigrínia.
  • Legado: O Reino de Axum teve um impacto duradouro na história da África Oriental, influenciando a cultura, a religião e a arquitetura da região.

Religião

  • Cristianismo: Axum foi um dos primeiros reinos na África a adotar o Cristianismo como religião oficial, sob o reinado do Rei Ezana, no século IV d.C. Isso ajudou a difundir o Cristianismo na região.
  • Rituais e Templos: O reino construiu igrejas e mosteiros, que se tornaram centros importantes de culto e educação cristã.

Sociedade

  • Hierarquia Social: A sociedade axumita era hierárquica, com o rei e a nobreza no topo, seguidos por comerciantes, artesãos e camponeses.
  • Diversidade: O reino era culturalmente diverso, com uma população que incluía várias etnias e culturas devido ao seu papel como centro comercial e de intercâmbio cultural.

Um pouco mais do Reino de Cuxe

 Quer saber um pouco mais do Reino de Cuxe? Que tal pesquisar aqui:


Reino de Cuxe


 


 

Reino de Cuxe

 


Reino de Cuxe - resumo e slides

Localização

  • Onde: O Reino de Cuxe (ou Kush) estava localizado ao sul do Egito, na região que hoje corresponde ao Sudão e ao sul do Egito.
  • Importância do Nilo: O reino se estendia ao longo do rio Nilo, que era vital para a agricultura e o transporte, semelhante ao Egito.

Período

  • Quando: O Reino de Cuxe prosperou aproximadamente entre 1000 a.C. e 350 d.C.
  • Períodos Principais: Inclui o período de unificação sob a Dinastia de Napata e o posterior florescimento durante a Dinastia de Meroé.

Política

  • Governantes: O reino foi governado por diversos reis e rainhas conhecidos como Candaces. As Candaces eram rainhas-mães ou governantes femininas que desempenhavam papéis importantes na administração do reino.
  • Administração: Cuxe era dividido em territórios administrativos, e o poder era centralizado nas cidades principais, como Napata e Meroé.

Economia

  • Agricultura: Baseada na irrigação das terras férteis ao longo do Nilo. Cultivavam grãos, vegetais e criavam gado.
  • Comércio: Era um centro comercial importante que trocava produtos como ouro, marfim, e metais preciosos com outras regiões da África e do Oriente Médio. O reino controlava rotas comerciais cruciais através do deserto.
  • Recursos Naturais: O reino era rico em recursos naturais, como ouro e pedras preciosas, que eram explorados e comercializados.

Cultura

  • Arquitetura: Conhecido por suas pirâmides em Meroé e templos, que eram usados para rituais religiosos e enterramentos reais.
  • Escrita: Utilizavam uma forma de escrita conhecida como escrita meroítica, que ainda é parcialmente decifrada e foi usada para registrar textos religiosos e administrativos.
  • Legado: Cuxe teve um grande impacto na região da África Oriental, influenciando as culturas vizinhas e contribuindo para a troca cultural e econômica ao longo do Nilo.

Religião

  • Politeísmo: Os cuxitas adoravam uma variedade de deuses e deusas. Seus deuses principais incluíam Amon e Isís, que eram também venerados no Egito.
  • Rituais e Templos: Construíram templos e monumentos religiosos, semelhantes aos do Egito, para honrar seus deuses e assegurar um bom pós-vida para os governantes.
  • Vida Após a Morte: Acreditavam na vida após a morte e realizavam rituais complexos para garantir a proteção e a passagem segura dos falecidos para o além.

Sociedade

  • Hierarquia Social: A sociedade cuxita era hierárquica, com a realeza no topo, seguida por nobres, sacerdotes e, na base, camponeses e trabalhadores.
  • Candaces: Eram figuras importantes na política e administração, demonstrando o papel significativo das mulheres no governo do reino.

Egito Antigo

 Egito - slides e resumo


Localização

  • Onde: O Egito Antigo estava localizado ao longo do rio Nilo, no nordeste da África.
  • Importância do Nilo: O rio Nilo fornecia água, facilitava o transporte e o comércio, e permitia a agricultura em uma região predominantemente desértica.

Período

  • Quando: O Egito Antigo floresceu por milhares de anos, desde cerca de 3100 a.C., com a unificação do Egito por Menés, até a conquista do Império Romano em 30 a.C.
  • Períodos Principais: Inclui o Antigo Império, o Médio Império e o Novo Império, cada um com características distintas de desenvolvimento e governo.

Política

  • Governante Principal: O faraó, que era visto como um deus e tinha poder absoluto sobre o reino.
  • Influência: O faraó era o líder militar, religioso e administrativo, centralizando o poder e a tomada de decisões.

Economia

  • Agricultura: Baseada na irrigação das terras férteis ao longo do Nilo, com cultivo de trigo, cevada, e outras plantas.
  • Comércio: O Egito era um centro comercial importante, trocando bens como grãos, linho, papiro e metais com outras civilizações ao longo do Nilo e além.
  • Construção: Grande parte da riqueza era investida em construções monumentais como pirâmides e templos.

Cultura

  • Arquitetura: Conhecido por suas pirâmides, templos e a Esfinge. Os egípcios eram excelentes arquitetos e engenheiros.
  • Escrita: Utilizavam hieróglifos, uma forma de escrita composta por símbolos e imagens que representavam palavras e ideias - Escribas
  • Legado: O Egito deixou um impacto duradouro na arquitetura, escrita e administração, estudado e admirado até hoje.

Religião

  • Politeísmo: Os egípcios acreditavam em muitos deuses e deusas, cada um com funções específicas.
  • Rituais e Templos: Construíam templos e pirâmides para honrar os deuses e para garantir uma boa vida após a morte para os faraós.
  • Vida Após a Morte: Acreditavam em uma vida após a morte e realizavam complexos rituais funerários para garantir uma passagem segura para o além.

Sociedade

  • Hierarquia Social: A sociedade egípcia era altamente hierarquizada, com o faraó no topo, seguido por nobres, sacerdotes, escribas, artesãos e, na base, camponeses e trabalhadores.
  • Nomarcas: Governavam os nomos e eram responsáveis por administrar localmente e garantir que as leis do faraó fossem seguidas.

Reinos Iorubás e Povos Bantos - resumo e slides

 

Resumo: Reinos Iorubás e Banto

Reinos Iorubás

Os Reinos Iorubás estão localizados na região sudoeste da atual Nigéria e parte do Benin. Eles formaram uma série de estados e cidades-estado com uma rica herança cultural e política. Os principais reinos Iorubas incluíam:

  • Oyo: Um dos mais poderosos e influentes reinos, conhecido por seu governo centralizado e pelo sistema de sucessão complexo. O Reino de Oyo expandiu seu domínio através de conquistas militares e se tornou um importante centro comercial e cultural.

  • Ifé: Considerado o berço da cultura Iorubá, Ifé é famoso por suas esculturas e arte, além de ser um importante centro religioso e cultural. O reino de Ifé teve grande influência sobre outros reinos Iorubas e desempenhou um papel crucial na formação da identidade Ioruba.

  • Ilesa e Lagos: Outros importantes reinos e cidades-estado na região, cada um contribuindo com suas próprias tradições e sistemas políticos.

Os Iorubás eram conhecidos por seu sistema de governança baseado em um rei ou oba, e uma série de conselhos de anciãos que ajudavam na administração do reino. A religião e a arte também desempenhavam papéis centrais na sociedade Ioruba, com uma rica tradição de mitos, divindades e práticas rituais.

Reinos Banto

Os Reinos Banto se situam na região central e sul da África, abrangendo partes do atual Congo, Angola e partes da Tanzânia, Zâmbia e Moçambique. Os povos Banto formaram vários reinos e sociedades, como:

  • Reino do Congo: Localizado na região que hoje corresponde ao noroeste de Angola e partes da República Democrática do Congo, o Reino do Congo era um dos mais influentes reinos Banto. Era conhecido por sua administração centralizada e por suas interações comerciais com os europeus, incluindo a troca de produtos como o cobre e a produção de artefatos em ferro.

Os Banto eram conhecidos por suas habilidades agrícolas, especialmente o cultivo de mandioca e milho. A expansão dos povos Banto pela África Central e Meridional foi acompanhada pelo estabelecimento de novos reinos e pela disseminação da língua e da cultura Banto.

Influência e Legado

Ambos os grupos, Iorubás e Banto, deixaram legados duradouros em suas respectivas regiões, contribuindo para a rica tapeçaria cultural e histórica da África. Seus sistemas políticos, sociais e religiosos moldaram profundamente as sociedades africanas e continuam a influenciar a cultura africana contemporânea.


Reinos Iorubás e povos bantos

Reinos de Sahel - resumo




Resumo: Reinos de Sahel

Os Reinos de Sahel foram estados africanos localizados ao longo da borda sul do deserto do Saara, na região conhecida como Sahel. Eles prosperaram entre os séculos VIII e XVI e desempenharam um papel crucial na história da África Ocidental.

Principais Reinos de Sahel

  1. Império de Gana

    • Período de auge: Séculos VIII a XI

    • Papel na história: Primeiro grande reino na região, conhecido pelo controle do comércio de ouro e sal. Gana dominava as rotas comerciais transaarianas.

  2. Império de Mali

    • Período de auge: Séculos XIII a XVI

    • Destaques: Sob Mansa Musa, o Império de Mali alcançou grande prosperidade através do comércio de ouro e sal. Tornou-se um importante centro cultural e religioso, com destaque para cidades como Timbuktu.

  3. Império de Songhai

    • Período de auge: Séculos XV e XVI

    • Conquistas: Tornou-se o maior e mais poderoso dos reinos de Sahel, expandindo suas fronteiras por meio de conquistas militares e dominando o comércio na região.

Principais Atividades Econômicas

  • Comércio Transaariano: Incluía principalmente o comércio de ouro e sal, essenciais para a economia dos reinos.

  • Agricultura: Agricultura sustentável foi possível devido à localização estratégica entre o deserto e a savana.

Legados dos Reinos de Sahel

  • Avanços Comerciais: Desenvolvimento de importantes rotas comerciais e centros comerciais.

  • Cultura e Arte: Importantes contribuições na arquitetura (como a mesquita de Djenné), literatura oral e artes.

  • Educação Islâmica: Estabelecimento de centros educacionais islâmicos.

Influência da Geografia

  • Localização Estratégica: A região de Sahel serviu como um ponto de transição crucial entre o deserto do Saara e a savana, facilitando o comércio e a agricultura.

Religião Predominante

  • Islamismo: O Islã se tornou a religião predominante devido ao contato com comerciantes árabes e à disseminação ao longo das rotas comerciais.

Declínio dos Reinos de Sahel

  • Fatores de Declínio:

    • Invasões: Ataques de povos nômades.

    • Disputas Internas: Conflitos pelo poder entre líderes locais.

    • Mudanças Comerciais: Alterações nas rotas comerciais devido à expansão europeia.






 

Povos Indígenas - textos trabalho

Dossiê: Povos indígenas